Sempre estarei buscando os meus sonhos

30 março, 2010


Coletei uma vida de espera à Lua. Ansiei o amor, os sonhos, as divindades e os elementais. Consegui ! Mas como diz o sábio, quando solucionamos os problemas, respondemos às questões, novas questões, problemas e horizontes eclodem a nós.
O tempo amortece, mas machuca se o preparo não foi saudável. Certa vez, a formiga obteve seu sucesso por lavrar a terra, e o infindo inverno veio a calhar. Formigas vivem, cigarras morrem. Seria eu uma cigarra francesa ?
Cinderela preparara suas vestes e seu alvoroço, Cinderelas vivem.
Por que abandonei-me no momento do preparo ? Dedicar uma vida a Selene, Ísis, quando meu destino era Hélios, Rá ? Soa patético, soa oprobrioso, sórdido.
A verdade é que todos sofrem. Ai daquele que não sofre, digno do maior enternecimento, és uma lástima. Compreendo o poder do sofrimento, das sãs ações, pois uma vida boa é repleta de sofrimento e de boas ações, o resto é pó.
Por que sou bloqueado de praticar caridade ? Por que quando ideara e, ainda ideio, tamanha benevolência, apenas acolhi insânia ?
Louco sou eu ou as mulheres ? Louco sou eu ou a sociedade ?
Quanto de sanidade ainda resta aos mais loucos e sábios ?
Analisar e filosofar não levam a lugar algum, se você não encantar a serpente. Invejo-te, doce mineral. Se eu pudesse subsistir, suceder como tu, exaltar-te-ia, melífua Mãe. Como parece gentil não cobiçar. O vegetal cobiça a sua evolução, o animal cobiça a força alheia, porém ti, meu doce mineral, apenas possui a mais imaculada essência. Entretanto, um dia, há muitos séculos, fôramos minerais. Por mais absconso que estejam nossas quintessências, para que hajam, é necessário excetuar o máximo do íntimo, do Ego, de si mesmo, dos outros.
Não desfruto de tanta energia como teratologi um dia, porém, minha fé é infinita e eu sei que, após a neve, o fogo, o furacão e a chuva de terra, o Julgamente terá sua Aurora.
Apenas posso, no momento, desfrutar desse ambrosíaco ensejo, tamanho qual, que os sonhos irão ser tornar realidade.

Cada qual possui o seu cargo, a sincronicidade é tão prima, não há como questionar ou julgar. Careço de purificação pessoal, mas tomo consciência de que é minha função abandonar as idosas bases através da dor. Deus das riquezas e tesouros escondidos, por mais prostrado que fiquemos, possuímos sempre a polaridade. E podemos ser condenados por nossos avós, irmãos, ninguém gazofiliará o nosso direito de pensar, de estudar, de ter nossos méritos. Possuímos a energia da transmutação, somos "aitho", o fogo é nosso. Possuímos os desafortunados, como nós, como companhia. Somos competentes em nossas vinganças e maldições, mas peço-te, meu tão estimado Regente, que não nos deixemos recair ao fruto maldito, a serpente, ao putrefato. A destruição e a morte são nossas, a Morte é nossas, mas apenas para arquetipizar a regeneração, a nossa tão bela filha, nossa Fênix. As mudanças são nossas, logo, graças ao Almo só podemos agradecer tamanha bondade. Ele jamais esqueceria de nós. Nos sentimos desvalidos, mas somos tão ricos como todos são. Nem mais nem menos, a Roda é muito reta, imparcial, racional e severa. Somos todos iguais, no fim. Por isso, faz-se mister salientar que a vida é o momento de aproveitarmos para chorar, para sofrer, para estudar, o resto ? O resto é pó, meu caro. Somos complexos, instáveis, resolveremos isso e tudo sozinhos e sem ajudas mundanas, possuímos o mundo, mas não possuímos a nós mesmos. A única coisa de que possuímos é ti, meu pai. Por favor, apenas suplico-te o meu perdão.

Tamanhas asneiras em uma cálida noite de inverno. O cigarro, o frio, o vento, pó. Os risos, o Ego, o sexo, pó. Os reis, os políticos e os empresários, pó. Precisamos estudar, agora, a vida, não o pó.

Minha formosa Lua, jamais esquecerei de ti. Caminho agora, em direção a Rá. Talvez demore a nos encontrarmos novamente, mas certo estou que é o certo a se fazer. Um dia, na coniunctio nos encontraremos, e será cândido, nobre, pulcro.

Não possuo mais vontade de escrever. Falei falei falei, e ... nada. Apenas irei aguardar o renascimento.


05 março, 2010

A cada duas lágrimas, um sorriso.
A cada dois erros, um acerto.
A cada dois gritos, analiso,
Por um acerto, dois desacertos.

Indiferente, a mim, é a tristeza, a desistência. Não me importa mais grosseria ou livraria, desejo é a ambrosia.
Do infinito ao zero, até o zoroastro alcança o alabastro. Do falcão ao gavião, da serpente ao dragão, do lobo à coruja, não importa, apenas não fuja.

Esse é o texto do início. O início de uma jornada. Não sei se prazerosa ou pecaminosa, porém, qualquer mérito passa pela tortuosa. Sim, a tortura tridimensional, chamada de loucura quadridimensional.
Não deixemos o ouro recair a prata, magnum misterium do poder, dê-me força, sabedoria, serenidade e disciplina.

O mago do início, abençoa-me. Papiza, dê-me sabedoria; Ó minha Imperatriz, clamo-a por paciência; Meu grande Imperador, dê-me autoridade, disciplina e firmeza; Meu grande poder, nunca deixe a Espiritualidade esvair-se de minhas mãos; Enamorados, amores são necessários, mas não me deixem despedaçado; Carro, guia-me para o sucesso da Justiça, que recompensará os meus méritos e perdoará os meus desvios. Que, mesmo no modo laboratorial adquirido, eu nunca perca o meu Eremita interior, que eu firme a minha caverna que tão explorada foi, está e será. A roda seguirá, voltará, mas diz que a Arte encontrarás. Dê-me Força para que assim seja e, mesmo Enforcado, que todos sejam na hora de fazer o Bem. À Morte, desejo muito especial, um pouco de aconchego e, muita renovação. Com a Temperança chegarei ao Final, mas que terminemos o iniciado. O Diabo cairá, se o Bem não despertar. Que a Torre sempre seja a Casa de Deus, onde vive o meu coração. Que agora e sempre eu seja guiado por fortes, brilhantes, opulentes e divinas estrelas, guiando-me ao Bem Maior. Que a Lua me dê sonhos onde eu aja de verdade, que dê imaginação e criatividade para o meu verdadeiro mundo mais real do que o tridimensional. Lua, peço-te o poder de materializar os pensamentos intensos, bons ou ruins, para eu poder melhor interpretá-los.
Sol! Ilumine-me! Estamos quase chegando ao fim e o recomeço. Dê-me a Grande Sabedoria, Luz, Paz de espírito e desperte em mim o Grande Poder.
Que no Julgamento eu possa, enfim, entregar uma boa colheita. Que os frutos sejam notáveis e que toda transmutação tenha sido feita. Assim, a Morte a Ressureição irão me ajudar (Ó doces águias e serpentes, queridos amigos).
E enfim, o Mundo que termine isto tudo que, sem sentindo algum, ou talvez sim... Felizes para sempre.

E o Louco ? O Louco sou eu. Devaneando, conversando, pirando, no meio de todos os outros.

Minha doce Camelot...