Sempre estarei buscando os meus sonhos

14 fevereiro, 2011

Passos na areia. Profundo, frio e sereno. O vento a leva e nada pode curvar-se contra ele. Não pensar em lugar algum onde se possa prestar atenção. Atenção ao oceano queimando. Sabe-se que é apenas uma questão de tempo para as orações chegarem com a chuva. Sórbidos passos que destroem e movem tudo.

Os cortes agem rapidamente, sangue derramado sobre o gelo.  Mantemo-nos em movimento, em direções opostas. É melhor ficar sozinho, do que fingir que estou me sentindo bem. Empresários bebem o meu sangue há tanto derramado. No fim, não há fim, e o final está marcado a ferro e fogo.

Ninguém está em uma ilha, todos têm que partir. Sofrer por não conhecer a essência e a minuciosidade de fatos. O sangue escorre ao invés de lágrimas por existir, ao invés de viver. Fogo que queima o presente trazendo o lamento do passado. Neve que queima o futuro trazendo o medo do amanhecer. Sol que obscurece a Lua por possuir um mórbido desejo de aparições.

Impureza hipócrita e vil que destila sua peçonha para cima da pureza. Confessados escravizados pelo embriagado desejo infernal de querer. Desejar o que não tem, desvalorizar o que aparenta ter. Ilusões, passos, tempo, morte, sangue, frieza, cadáveres. Vãos ratos que roem o capuz do rei. Cabeças degoladas que torturam as pobres almas. Lobos cansados de treinar místicos para um panda destruidor. Círculos de fogo e ar que geram escuridão. Ampulhetas derretendo relógios e couro vestindo a Papisa.

Ainda assim, todos têm sua Profecia.

Ainda assim, todos tem sua pureza.

A essência está viva, o chamado está aberto. Aprender a voar e encontrar seus pensamentos. Formando o concreto e o certo a partir da sombra e do medo. Como conhecer o bem sem passar pelo mal?

 

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