O luar encontra-se cheio,
Cheio como o meu coração:
De saudade. De choro. De vazio.
Será que quando o clamo, há recíproca?
Óh como dói amar-te.
Fruto de um flerte proibido,
Se me amas, por que não assumir-te?
Por que dói tanto a ausência de sua voz,
A ausência do seu cheiro, de sua pele.
Por que o seu vazio não me completas ?
Maldito és o vício que tu me deixaste.
A dor é o cárcere d'mi alma
A ira, acima de tudo, apossa-se de mim.
Por que, ao tentar gritar, minhas cordas só exalam silêncio ?
Por que, ao tentar chorar, a ângústia é maior do que as lágrimas ?
Fatigado. Encontro-me fatigado de te amar.
Cansado de fumar, cansado de chorar, cansado de sofrer.
Por que é tão difícil compreender que você já não é mais jovem ?
Por que insiste em querer embriagar-se e seguir em direção ao fim ?
Sob ao cheio luar,
Redijo-te esse desabafo.
Com dor n'alma, que aprisiona teu coração,
Com dor em meu coração, que possuis, apenas, a tu.
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